quarta-feira, 30 de março de 2011

Depressão pós parto


O pós parto é considerado um período de risco psicológico na vida de uma mulher. É um período de instabilidade emocional, normal, que afeta a grande maioria das puérperas,  com sintomas que diferenciam em número e intensidade.
Essa instabilidade emocional e possível estado depressivo (Baby Blues), tem início alguns dias após o parto, e duração de aproximadamente 10 a  15 dias.  O apoio e participação da família são fundamentais nessa hora, para que esse estado depressivo,normal para o período, não se transforme em algo mais sério. Caso isso ocorra, a ajuda de um profissional se faz necessária e urgente.

Os sintomas característicos são:

 BABY BLUES

Primeiros dias após o parto. Atinge de 50 a 80% das mulheres
·         Lapsos curtos de memória
·         Fadiga
·         Ansiedade
·         Inquietação
·         Impaciência
·         Irritabilidade
·         Tristeza e choro sem nenhum motivo aparente

Resolve-se espontaneamente após alguns dias


DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Afeta 1 em 10 mulheres. Constatando-se a presença da maioria desses sintomas, é importante que se procure um profissional, ou que seja comunicado ao obstetra para que esse providencie o encaminhamento.

·         Choro incontrolável
·         Perda de memória
·         Falta de interesse no bebê
·         Irritação
·         Insônia
·         Sentimento de culpa
·         Medo de machucar o bebê ou se machucar
·         Fadiga
·         Tristeza constante
·         Alterações de humor exageradas
·         Confusão
·         Falta de concentração
·         Distúrbios de sono ou apetite

PSICOSE PÓS-PARTO

Afeta 1 em 1000 mulheres . Os sintomas aparecem nos 3 primeiros meses e são mais intensos e duradouros, com episódios psicóticos. Necessita acompanhamento psicológico e internação hospitalar.
·         Alucinações ou delírios
·         Pensamentos de machucar o bebê
·         Insônia severa
·         Pensamentos de autodestruição
·         Agitação
·         Comportamentos estranhos
·         Medo
·         Pensamentos intrusivos
·         Distúrbios de sono ou apetite


SÍNDROME DEPRESSIVA CRÔNICA

Episódio depressivo não psicótico. O tratamento deve ser psicológico e medicamentoso, pois pode perdurar por até 1 ano.

  • Humor disfórico
  • Distúrbio do sono
  • Alteração do apetite
  • Fadiga
  • Culpa excessiva
  • Pensamentos suicidas.


Para amenizar alguns sintomas e evitar que o Blues pós-parto se agrave para uma depressão, é interessante que alguns cuidados sejam tomados:

- ao retornar a nova vida, dar um tempo para se ajustar à nova situação.
- Ter equilíbrio de pensamentos.
- Conversar sobre seus sentimentos com o parceiro. Assim, vai fazer bem, e o parceiro saberá como ajudar. O diálogo é fundamental.
- Dar um tempo para conhecer o bebê. Lembrar-se de que ambos (mãe e bebê) estão em fase de adaptação a nova vida.
- Cuidar do visual. Arrumar-se, mesmo que seja para ficar em casa.
- Ter um tempo para si mesma. Fazer as unhas, tomar um banho tranqüilo, relaxar. Não hesitar em pedir ajuda a alguém para que isso se torne possível.
- Não exigir demais de si mesma. Ninguém é perfeito.
- Pedir ajuda do companheiro para os afazeres domésticos e cuidados com o bebê.

domingo, 27 de março de 2011

Parto normal aumenta sensibilidade da mãe ao choro do bebê, diz estudo

Pesquisa foi feita medindo ativação de áreas 'maternais' do cérebro.
Trabalho tem implicações para entender e até prever depressão pós-parto.
Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

Parto normal parece favorecer 

elo natural entre mãe e bebê

Uma pesquisa publicada na revista científica "The Journal of Child Psychology" sugere que pode haver um elo mais poderoso entre mãe que tiveram filhos por parto normal e seus bebês do que aquele que existe entre mães e seus filhos nascidos por cesariana. Segundo os pesquisadores, a primeira categoria de mães é mais sensível ao choro de seu próprio filho, a julgar pelo padrão de ativação cerebral materno, medido com a ajuda de ressonância magnética de duas a quatro semanas depois do parto.

Para ser mais exato, a resposta aumentada das mães de parto normal aparece em regiões do cérebro ligadas à regulação de emoções, motivação e comportamentos habituais. A conclusão faz algum sentido diante do aparente elo que existe entre o parto por cesariana e um risco aumentado de depressão pós-parto, verificado em mulheres, e também do cuidado diminuído com a cria presente em animais cujos filhotes não nascem por via vaginal.

Os conhecimentos atuais sobre o parto normal também indicam que ele ajuda a desenvolver os circuitos cerebrais ligados ao apego pelos recém-nascidos. Exemplo disso é a liberação periódica de oxitocina, o famoso "hormônio da confiança" (ou "hormônio do apego") durante o nascimento natural.
Menos ativas
"Queríamos saber quais áreas do cérebro ficariam menos ativas em mães que têm seus filhos por cesariana", diz James Swain, pesquisador do Centro de Estudos da Infância da Universidade Yale (EUA). "Nossos resultados apóiam a teoria de que variações nas condições de nascimento que alteram as experiências neurohormonais do parto podem diminuir a sensibilidade do cérebro materno humano no começo da fase pós-parto."

Outro detalhe importante: as mesmas áreas ligadas ao esforço do nascimento também influenciam o estado emocional da mãe. "Conforme mais e mais mães optam por ter filhos mais velhas, tendo, portanto, mais chances de passar por uma cesariana, esses resultados vão se tornando importantes. Podem, por exemplo, ajudar a identificar precocemente o risco de depressão pós-parto e atacar o problema", afirma Swain.
 

quarta-feira, 23 de março de 2011

Próximo encontro - Grupo Vínculo

Meninas...Faço parte desse grupo de gestantes também, e convido a todas a participar. É só confirmar a presença.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Ser doula é....

          Precisei montar um vídeo para apresentar em um dos grupos de gestantes que dou orientação. Achei que uma imagem valia mais do que mil palavras...e saiu esse videozinho, com imagens pegas da internet mescladas com imagens de doulandas minhas. Se alguém tiver algo contra alguma foto, peço o enorme favor que entre em contato comigo tá? Meu objetivo não é expor ninguém, mas sim valorizar o trabalho das doulas e também dessas mulheres maravilhosas e empoderadas durante esse momento tão sublime. A essas mulheres, os meus sinceros parabéns!!!!


domingo, 13 de março de 2011

Fumo passivo na gravidez eleva risco de bebê nascer morto

Grávidas não fumantes que têm contato com a fumaça correm risco 23% maior de que o bebê nasça morto (Agência Estado 10/03/11)

Fumo passivo: ele pode aumentar o risco de morte do bebê
          De que o cigarro faz mal à saúde ninguém mais duvida. Que fumar durante a gravidez aumenta o risco de abortos espontâneos e de o bebê nascer com baixo peso também não é novidade.
          O alerta agora é para o perigo do fumo passivo na gestação: ele aumenta o risco de malformação congênita ou de o bebê nascer morto.
          A constatação é de uma revisão de 19 estudos. Segundo os pesquisadores, grávidas não fumantes que têm contato com a fumaça do cigarro correm risco 23% maior de que o bebê nasça morto. A probabilidade de malformação do feto é 13% maior.
          Nenhuma das mulheres havia fumado durante a gravidez – mas elas tinham respirado a fumaça do cigarro dos companheiros ou familiares. Os resultados foram publicados na Pediatrics. Segundo os dados da revisão, o pai do bebê era a primeira fonte de fumaça para a mãe na maioria dos estudos.
           Para Lúcio Souza dos Santos, pneumologista do A. C. Camargo, é difícil estabelecer os riscos do fumo passivo para a gestante porque tudo depende da concentração da fumaça no ambiente e da quantidade de vezes que a mulher é exposta ao cigarro.
          “A concentração do poluente é fundamental. Mas, se a exposição ao cigarro acontecer repetidamente, certamente haverá riscos para o feto”, diz Santos.
          O pediatra João Paulo Lotufo, responsável pelo Programa Antitabágico do Hospital Universitário da USP, diz que o cigarro provoca uma vasoconstrição, diminuindo o fluxo sanguíneo na placenta. Assim, com menos irrigação, há mais riscos de natimorto. Os possíveis mecanismos para justificar a malformação ainda não foram descobertos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


 

segunda-feira, 7 de março de 2011

Pais precisam de mais cuidados no pré e pós-parto do que mães

Segundo uma enfermeira obstetrícia da Universidade de Gothenburg, na Suécia, não se levam em consideração os sentimentos dos homens, que acabam mais frustrados que as mães

Redação Época

          Uma pesquisadora da Universidade de Gothenburg, na Suécia, afirma que, embora sejam as mulheres que passem pelos momentos mais difíceis durante a gravidez e o parto, são os pais que precisam de mais acompanhamento e suporte antes e logo após seus filhos nascerem. Para o estudo, foram realizadas uma série de entrevistas com pais em que eram feitas perguntas básicas sobre seus medos, preocupações e angústias - questionamentos feitos, geralmente, apenas às mães.

           Alguns dos participantes da pesquisa admitiram que desempenhar o papel secundário em todo esse processo, principalmente no pós-parto, quando a mãe tende a ficar mais com o bebê, era complicado. “Alguns pais disseram que (durante todo o processo) só faziam perguntas às enfermeiras de forma que estas direcionassem suas respostas às mães (e não a eles)”, afirmou Asa Premberg, enfermeira obstetrícia e autora do estudo, publicado no próprio site da universidade.

           “É importante que homens também tenham a oportunidade de conversar sobre seus medos e trazer às enfermeiras perguntas que os façam sentir-se parte do processo”, disse.

           O estudo também apontou que o papel do homem durante a gestação acaba sendo o de dar suporte aos medos e angústias de sua parceira enquanto ele mesmo tem que lidar com seus próprios medos. Além disso, durante os primeiro anos de vida do bebê, o homem batalha muito mais que a mulher para construir seu relacionamento com o filho.

           “Há uma necessidade de se dar suporte focado esecificamente nos homens tanto antes quanto após o parto. Isso pode trazer benefícios não só para o homem quando para toda a família”, afrima Premberg.
LH