sábado, 23 de julho de 2011

50 Motivos para evitar uma cesariana desnecessária



          Os riscos de uma cesariana existem em qualquer cesariana, seja ela necessária ou não. A diferença é que na cesariana necessária esses riscos são menores do que se o parto fosse vaginal.

Riscos da cesariana:

Para o bebê:

   1. Risco de complicações e desconforto respiratório
   2. Demora maior para o leite "descer"
   3. Maior probabilidade de aspiração com cânulas no bebé após o parto (vias aéreas e orais)
   4. Risco de morte 10x maior para o bebê
   5. Grande probabilidade do bebê ficar longe da mãe após nascer
   6. Maior risco de infecção neonatal por aspiração de mecónio
   7. Maior dificuldade no aleitamento
   8. Maior probabilidade de desmame precoce
   9. Lesão do bebê (na hora da cesariana)
  10. Maior risco de morte fetal inexplicável no final da gestação seguinte
  11. Dificuldades de vínculo com a mãe
  12. A mãe pode precisar de analgésicos fortes para aliviar a dor no pós-parto e estes podem passar para o bebê através do leite
  13. Maior risco de internamento do neonato em UTI

Para a mãe:

   1. Risco de ruptura uterina aumentada no próximo parto, caso sejam utilizadas oxitocina artificial no soro e/ou anestesia.
   2. É difícil encontrar um médico que faça partos normais após cesarianas pois são dependentes das drogas citadas acima
   3. Risco de morte 4x maior
   4. Risco de infecção hospitalar
   5. Pós-parto demorado e dolorido.
   6. Depois o desconforto da cirurgia, a dor, a maior dependência de outras pessoas para cuidar do bebé.
   7. Dificuldades para engravidar posteriormente, maior risco de infertilidade posteriormente
   8. Risco de endometriose
   9. Risco de hemorragias, transfusões e morbilidades provocadas por transfusões
  10. Sensibilidade na cicatriz a longo prazo (coceira, dor, sensação de estiramento, etc.)
  11. Dormência na região entre a cicatriz umbilical e corte cirúrgico.
  12. Formação de Aderências
  13. Aumenta as probabilidades do próximo parto ser cesariana
  14. Lesão no intestino (na hora da cesariana)
  15. Maior Risco de trombose doenças correlatas (incluindo embolia)
  16. Risco de acidentes com anestesia
  17. Risco da anestesia não pegar e ter que fazer uma anestesia geral
  18. Maior incidência de Inserção Baixa de Placenta
  19. Maior probabilidade de Acretismo Placentário
  20. Histerectomia (perda do útero) devido ao sangramento
  21. Maior necessidade de transfusão sanguínea
  22. Morte materna devida a hemorragia, consequente a inserção baixa de placenta
  23. Maior risco de atonia uterina
  24. Maior risco de embolia pulmonar
  25. Maior risco de trombose venosa profunda
  26. A próxima gravidez não mais será de baixo risco
  27. Risco de reiteradamente, recuperação por infecção da cicatriz, deiscência de pontos, sangramentos, etc.., com consequente afastamento do bebê
  28. Dificuldades de vínculo com o bebê
  29. Não realização da plenitude da maternidade.
  30. Maior índice de depressão pós-parto

Se a cesariana foi feita antes do trabalho de parto, marcada com antecedência pelo médico, além dos riscos acima podemos adicionar:

   1. Risco de prematuridade do bebê
   2. Um desrespeito monstruoso e uma tremenda violência à mãe e ao bebê
   3. A perda da oportunidade da primeira descoberta de sua própria força e capacidade de luta
   4. A perda da energia que estava sendo guardada para o momento do parto, que gera frustração
   5. A perda da oportunidade de vivenciar uma situação que lhe daria noção de foco, de fazer esforço numa direcção e sentido correcto
   6. Quem convive com essas consequências de uma desnecesaria, aprende as verdades da vida de uma forma muito dolorosa... e demorada.
   7. Segundo os astrólogos (para quem curte o tema), o bebê nasce com uma dualidade na personalidade (situação astrológica natural x situação astrológica forçada)

terça-feira, 19 de julho de 2011

SEMANA MUNDIAL DE ALEITAMENTO MATERNO

          Estabelecida desde 1992 pela World Alliance for Breastfeeding Action (WABA), a Semana Mundial de Aleitamento Materno, que conta com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), tem o objetivo de facilitar e fortalecer a mobilização social para a importância da amamentação. Comemorada entre os dias 1 a 7 de Agosto, já envolve mais de 120 países, considerando-se as iniciativas e esforços globais relacionados com o tema.
          A região de Campinas não poderia estar fora dessa! Os grupos que trabalham com gestantes, nutrizes e mães se reuniram com um mesmo propósito: divulgar e incentivar o aleitamento materno.
          Sendo assim, durante essa semana, termos atividades voltadas ao universo da maternidade, mais precisamente do aleitamento, como palestras, cursos, captação de recipientes para armazenamento do leite materno, informações, panfletagens, carrinhadas, troca de experiências, sorteios de brindes, promoções...enfim, tem prá escolher.

          Os agradecimentos vão para:
         Grupos: MadreSer, SerMãe, Vínculo, Samaúma; Lua Nova e Cinematerna  
         Convidados: Viviane Moraes; Wandy Casalecchi; Rosangele Prado; Fabiana Assad 
        Apoiadores: Academia SpassoVida; Instituto Dentale - TopDent; Cacá  Dominiquinil Lê Papinhas,  Animafest; Saraiva MegaStore; Portal www.gravidaemcampinas.com.br; Petit Papillon.

Para quem quiser colaborar doando recipientes de vidro com tampa plástica para o armazenamento de leite materno, os postos para a entrega são:
InstitutoDentale- TopDent:- Rua Joaquim Novaes, 116 - Cambuí Campinas www.institutodentale.com.br

Loja Petit Papillon: - R. Antônio Lapa, 525 - Cambuí - Campinas/SP
www.petitpapillon.com.br

Academia SpassoVida:- Rua Francisco Otaviano, 213 - Jd. Chapadão
www.academiaspassovida.com.br
Segue abaixo a programação do evento, lembrando que é preciso se inscrever pois as vagas são limitadas.
Vale a pena participar!

CLIQUE NA IMAGEM PARA UMA MELHOR VISUALIZAÇÃO


          

         

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Encontro de gestantes Gratuito em Americana- SP

Estou aqui divulgando um encontro de gestantes que acontecerá no dia 16/07 as 14:30 na Gravidinha Moda gestante, aqui em Americana. Eu e Renata Olah, iremos conversar um pouco sobre parto humanizado, cesárea, escolhas informadas, e muito mais sobre esse universo maravilhoso que é o nascimento. Vale a pena se inscrever e participar.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Planeta Extremo e Parto

Compartilho com vocês um texto escrito pela minha amiga e parceira Renata Olah que me emocionou bastante, e que faz uma comparação bem prática do parto com um grande desafio. Vamos lá.

Planeta Extremo e Parto



          Vocês assistiram o Fantástico do último domingo?? Estreiou uma série chamada Planeta Extremo, que mostrará o reporter Clayton Conservani por quatro desafios extremos ao redor do mundo. O primeiro episódio foi de uma maratona na Antártica, sob condições climáticas intensas ( tempestades de neve e temperaturas de - 30 graus!! Ui!!).
          E o que essa série tem a ver com esse blog?? Talvez a primeira vista não tenha a ver mesmo... Mas assistindo ao quadro, me vinha só uma idéia a mente: "isso é igual trabalho de parto!!"..
          Explico, já fazendo uma relação com o tema central deste blog: para conseguir completar a maratona, Clayton Conservani começou a se preparar para o desafio físico e emocional que logo mais enfrentaria. Foram quatro meses de preparo intenso, junto de Bernardo Fonseca (também competidor dessa maratona). Corrida de longa distância, pilates, yoga, musculação, ciclismo e até treino dentro de um frigorífico!!! (a preparação física e emocional é muito importante, para que a mulher esteja informada, tranquila e forte  para enfrentar o longo caminho que é o trabalho de parto!).
          E então, chegou o dia de partir para a Antártica. A primeira vista, o ambiente assusta. Local inóspito, desconhecido (O hospital também é assim. Surgem dúvidas como "Que ambiente é esse? Quem são essas pessoas? O que vai acontecer daqui pra frente?") Mas não tem jeito. Já estavam lá.. e o desafio estava só começando. E a maratona começa... Clayton está protegido do frio, e encontra seu próprio ritmo para correr os 42km de maratona... (Durtante o TP é muito importante a mulher também encontrar seu próprio ritmo! Não adianta ela fazer o que mandam. Quem está correndo a maratona é ela... e por isso, é ela quem deve dar ritmo ao seu corpo). Os primeiros 20km foram bem.. Algumas pausas foram feitas, para ele se hidratar e se aquecer, e então continuar sua aventura... (O começo é sempre mais leve, devagar e mesmo assim necessita de alimentação, hidratação, pois não sabemos quanto tempo durará essa corrida..) porém, o caminho começou a pesar. O vento frio, a temperatura, as bolhas nos pés, as dores... muitas dores!!!! (Depois da fase ativa, o corpo sente muito o trabalho de parto... dói, é intenso, sim!!). Também sente um desconforto grande. Ao correr, sente que uma unha do pé está para cair (e é comum durante o trabalho de parto, a mulher sentir alguns desconfortos...como pressão em períneo pelo fato da descida do bebê, e também dor na pelve, que se abre sutilmente para dar passagem ao feto).
          Em certo momento, quase chegando ao fim, Clayton desabafa... Diz que vai continuar, na raça por um objetivo maior: sua filha Gabi, que ficou no Brasil. Ele chora, se emociona e mesmo naquelas condições desfavoráveis, aguenta firme... (esse momento me lembrou a "fase de transição"... bate o desespero, a necessidade de se apegar a um bem maior, algo que acolha aquela mulher que decidiu passar por tudo aquilo, mas que ao mesmo tempo dê forças pra que ela não desista).. 
          Se entregou, decidiu vencer seus limites e mais alguns quilometros pela frente, ele passou pela linha de chegada. Sétimo lugar. Que vitória!!! Ele conseguiuuuuu!!!! (E a mulher que consegue, também se sente muito vitoriosa, a própria mulher Maravilha!)
          Mas não acabou.. logo Clayton começa a passar mal, vomita e vai verificar o que aconteceu com sua unha.. percebe que apareceu um grande hematoma, mas que tudo ficará bem! (E após o parto, é comum que a mulher trema, se sinta enjoada, e tenha alguns "machucados" provenientes da corrida: laceração perineal, episiotomia, etc)... E então, ele termina sua aventura, com sensação de missão cumprida e uma necessária noite de sono. E eu acho aquilo o máximo!!!! Lembro que comentei com as pessoas que estavam na sala comigo "nosssaa, queria ter essa coragem!!!!".. e me disseram: "o cara é louco!! pra quê isso?".... Para quê??? Para sentir que pode!! Para superar seus medos, limites, para se transformar, transmutar! Para se sentir viva, forte! (e não é também por isso que algumas de nós queremos parir????). Qual o problema de sentir dor, se há um objetivo tão maior e intenso por trás de tudo isso??? Qual o problema de querer passar por uma experiência intensa, dolorosa, forte??? 
          Pra mim o problema está em não querer vivenciar, não querer se sentir viva, forte, não querer se transformar, superar medos e limites...

          Mas voltando ao Clayton, qual foi a sua opinião sobre tudo o que ele passou? "Faria tudo novamente!!" 
          E o que aprendeu com tudo isso?? "A maior lição está em acreditar que sempre é possível fazer melhor, ir mais longe. Se queremos algo diferenciado temos que ousar".

          Então, isso significa que o esforço vale a pena? Com certeza sim! 

          E termino esse post com uma frase dita pelo Bernardo Fonseca, que me marcou muito e que certamente falarei para minhas gestantes daqui pra frente:

"O sofrimento é passageiro, desistir é para sempre"