quarta-feira, 29 de junho de 2011

Encontro MadreSer essa semana! - 30/06

O MadreSer está cheio de novidades amanhã! Vamos comparecer e apoiar!
 Maiores informações no site www.madreser.com.br

terça-feira, 21 de junho de 2011

Massagem Shantala - para bebês


Gravação realizada por Frédérick Leboyer no dia em que fotografou Shantala massageando seu bebê Gopal.
 www.cursoshantala.com.br


Massagem Shantala

A IMPORTANCIA DO TOCAR NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E NA RELAÇÃO MÃE – BEBE

“Nos bebês, a pele transcende a tudo. É ela o primeiro sentido. É ela que sabe... Ah, sim, é preciso dar atenção a pele, nutri-la com amor...” F. Leboyer 

          Que os bebês não falam já sabemos, vai demorar um pouco para que a comunicação com eles se torne verbal, no entanto, hoje sabemos que antes de “vir à luz”, ele já percebe a claridade, escura, fica acordado, dorme, sonha e tem sensações; e se tem sensações há comunicação, então, porque não estabelecer comunicação através do toque.
          O contato entre mãe e filho desde o inicio da gravidez fortalece a relação. Quanto mais forte for o vínculo, mais seguro o filho será, soltando-se mais no mundo, lidará melhor com suas próprias dificuldades.
          Durante toda a gravidez o bebê acompanha todos os movimentos da mãe – andar, dançar, brigar, gritar, etc., os momentos bons e ruins são sempre acompanhados pela criança desde o encontro entre óvulo e espermatozóide ( considerando que para algumas pessoas a vida já começa nesse primeiro encontro), portanto solidão não existe, a vida é pleno movimento, é estar aqui e ali.

“Nutrir a criança
Sim.
Mas não só com leite.
É preciso pagá-la no colo.
É preciso acaricia-la, embala-la.
É preciso massageá-la.



          A pele do bebê é seu primeiro órgão dos sentidos, é seu contato com o mundo, é a sensação, é a comunicação. A pele transcende a tudo, por isso é preciso toca-la, é preciso alimenta-la para que atravesse a solidão dos primeiros meses de vida, não basta o leite, sem o toque, sem o carinho, mesmo com muito leite, ele poderá morrer de fome, de abandono, ela poderá definhar.
          “É por meio do contato corporal com a mãe, que a criança faz seu primeiro contato com o mundo, através deste, passa a participar de uma nova dimensão da experiência, a do mundo do outro. É este contato
corporal com o outro que fornece a fonte essencial de conforto, segurança, calor e crescente aptidão para
novas experiências..., é preciso tocar”. (Montagu).
          A criança privada de toque (sensação tátil), mais tarde poderá vir a ser um indivíduo desajustado nas suas relações com o outro, tanto física quanto psíquica. Lidar com o mundo, com situações boas ou ruins, requer recurso interno e talvez a forma mais adequada é iniciar a relação com o mundo através do toque.
          Tocar é troca entre mãe e filho, os benefícios são mútuos – É dando que se recebe.
          A ansiedade materna é diminuída, contribuindo dessa forma com o desenvolvimento tranqüilo do filho.
          Tocar também é saúde.
          Em países com Nigéria, Uganda e Índia, a massagem é prática diária e milenar, passada de mãe para filha.
         Na Rússia, cientistas chegaram à conclusão de que a massagem traz ao bebê um maior desenvolvimento do sistema nervoso central e conseqüentemente do potencial motor existente, portanto a massagem – o toque, prepara a criança para aquisição de algumas habilidades motoras que lhe darão a condição de engatinhar, isto porque a massagem fortalecerá determinados músculos destinados ao movimento de andar. A massagem é usada também em fisioterapia com grande sucesso.

Funções da pele:
          Tecida de uma variedade de células resistentes e robustas, a pele protege os tecidos macios e moles do interior do corpo. Como as fronteiras de uma civilização, a pele é um local em que se travam escaramuças, e em que invasores encontram a resistência, aí se localiza nossa primeira e última linha de defesa.
- Base de receptores sensoriais, localização do mais delicado de todos os sentidos – o TATO;
- Fonte organizadora e processadora de informações;
- Mediador de sensações;
- Barreira entre organismo e ambiente externo;
- Fonte imunológica de hormônios para diferenciação de células protetoras;
- Barreira contra materiais tóxicos e organismos estranhos;
- Reguladora de temperatura;
- Autopurificadora, etc.
          Os bebês tocados e massageados têm como benefícios:

Psíquicos:
- Fortalecimento do vínculo;
- Integração Psicofísica (corpo-mente);
- Delimita espaço interno (limites do EU);
- Auto conhecimento;
- Realidade objetiva ( o outro)
- Mais afetividade;
- Melhora ansiedade;
- Ausência de solidão;
- Livre fluxo de energia
.
Físicos:
- Maior agilidade e flexibilidade do corpo;
- A pele é tonificada e reforçada;
- A capacidade de percepção tátil é aumentada e o tônus revigorado
- A digestão e circulação são melhoradas;
- As cólicas poderão ser eliminadas;
- O crescimento do bebê é estimulado;
- O sono é mais tranqüilo;
- Menos choro;
- Melhora o desenvolvimento motor;
- Mães mais tranquilas – A massagem é um momento de troca entre mãe e filho.
          Bebês agitados e com certas dificuldades motoras podem ser beneficiados com o toque.          
          Hoje, em países como Estados Unidos e Austrália a massagem – toque vem sendo muito praticada em
maternidades e hospitais, com resultados positivos.
          
          O tocar – massagem também beneficiam casos especiais:
- Bebês com deficiência visual ou auditiva – através do toque percebe a si mesmo (reconhecendo o 
EU-TU ), sentindo-se mais valorizado e amado,portanto: seguro.
- Bebês adotados – aproximação e segurança nesse novo momento, pais e filhos precisam estabelecer vínculo.
- Bebês que choram muito quando é pego no colo.
- Desmame repentino.
- Desmame difícil.
- Durante a dentição.
- Bebês que ficaram internados por longos períodos, inclusive bebês prematuros são beneficiados com o contato corporal com a mãe, ganhando peso em menos tempo.
          Hoje, com a psicossomática acredita-se que muitas doenças são desencadeadas também pelo fator
psicológico, isto é, a doença vem de dentro pra fora – mente –corpo; aqui, com o tocar faremos o caminho
contrário corpo-mente, tratamos o corpo e a mente será beneficiada.

“Desde os primeiros dias de vida,
Não muito tempo depois daquela primeira vez
Em que, ainda bebê, na interação do toque,
Mantinha silenciosos diálogos com o coração de minha mãe,
Tentei mostrar os meios
Pelos quais esta sensibilidade infantil,
Inalienável direito de nascimento de nosso ser,
Em mim era
Magnificada e mantida.”
William Wordsworth

Passos da Massagem

Frente:
1 – Peito - massagear para fora com as duas mãos, coloque mão direita sobre o quadril (esquerdo) e vá deslizando até o ombro direito. Repetir do outro lado.
2 – Braço – Segurar com uma mão o braço e deslizar do ombro ao pulso com a outra, agora deslizar com as duas mãos, fazer movimentos de torção suave com as duas mãos ( somente a sua mão gira, o braço não será movimentado). Massagear o pulso com as duas mãos. Repetir do outro lado.
3 – Mãos – Massagear com o seu polegar a palma da mão até a ponta dos dedos. Repetir do outro lado.
4 – Barriga – Faça pressão com as mãos (alternadamente como uma onda), segure os pés do bebê um pouco elevados e massageie a barriga com o antebraço ( como se estivesse abrindo massa).
5 – Pernas – Segure a perna com uma mão e deslize com a outra até o tornozelo,massageie o tornozelo, agora faça movimentos de torção ( como foi feito nos braços). Repetir do outro lado.
6 – Pés – Com o polegar massagei a planta do pé, do calcanhar até a ponta dos dedos. Repetir do outro lado.
Costas:
1 – Massageie as costas do bebê como um vai e vem alternado – da nuca até as nádegas e das nádegas até a nuca.
2 – Com a mão direita sustente as nádegas e a outra desliza da nuca até as nádegas.
3 – Com a mão direita segure os pés esticando as pernas e deixando-as ligeiramente elevadas e com a mão esquerda deslize da nuca até os calcanhares.
Rosto:
1 – Olhos – contorne os olhos com as pontas dos dedos partindo do centro da testa para as laterais.
2 – Nariz – Com os polegares massageie as laterais do nariz até as narinas.
3 – Rosto todo – Com os polegares, feche suavemente os olhos do bebê e parta do centro da sobrancelha, passando pelos olhos, lateral das narinas, contornando a boca, acompanhando o maxilar até as orelhas.
Final:
1 – Braços – Segure as mãos do bebê e cruze os bracinhos sobre o peito, abrindo e fechando alternando a posição dos braços.
2 – Pernas – Segure ao mesmo tempo pé direito e mão esquerda do bebê, cruze de forma que mão e pé se cruzem ( sem colocar força) . Faça o mesmo movimento do outro lado ( pé esquerdo e mão direita).
3 - Perninha de Buda – Segure os dois pés e cruze as perninhas abrindo e fechando, alternando as posições.

Texto retirado do site www.portugaliza.net

terça-feira, 14 de junho de 2011

Homem também sofre de Depressão Pós parto - Entenda o problema

HELOÍSA NORONHA
Colaboração para o UOL


           Por mais que a chegada de uma criança traga felicidade, a vida de qualquer casal sofre uma avalanche de mudanças –em especial aos pais de primeira viagem. O bebê que acaba de chegar requer atenção, energia, afeto e cuidados específicos o tempo todo. Ao fim do dia pai e mãe estão exaustos -e ainda terão uma madrugada de mamadas que os espera. Como nessa fase a ligação entre a mãe e o bebê é mais forte do que nunca, é natural que o homem, em algum momento, sinta-se excluído, mesmo que nem se dê conta disso.

           Para alguns, a compreensão do instinto materno e a certeza de que a fase caótica é passageira ajudam a enfrentar o surgimento desse novo núcleo: a família. Outros têm um pouco mais de dificuldade. Até sentem um pouquinho de ciúme do filho e saudade da antiga silhueta da mulher, mas passa logo. Porém, há recém-papais que se irritam o tempo todo –e sentem-se culpados por isso, já que deveriam esbanjar felicidade. Começam a sentir um cansaço extremo e um pessimismo inexplicável, além de desânimo em relação a qualquer atividade do dia a dia. É a (ainda) pouco falada depressão pós-parto masculina dando as caras.

           De acordo com a mestre em psicologia Dorit Verea, diretora da Clínica Prisma – Centro de Tratamento Intensivo para Transtornos Emocionais, de São Paulo, a depressão pós-parto sempre foi estudada como um transtorno unicamente feminino, por questões prioritariamente biológicas. “Porém, as influências psicológicas e sociais que acometem as mães também podem acometer o pai. A doença é caracterizada por uma tristeza profunda que pode aparecer nos três primeiros meses pós-parto e é mais comum em pais de primeira viagem”, explica.

           Em um momento em que todas as atenções estão voltadas à criança –e à mãe, em segundo lugar– o homem acaba negligenciado, assim como são subestimadas as suas emoções. No entanto, a doença merece atenção, pois, quanto antes for diagnosticada, mais rapidamente será curada (veja os sintomas na tabela abaixo). Em alguns casos, a essa depressão provoca pensamentos mórbidos ou suicidas e até mesmo o abandono do lar, pela dificuldade de lidar com a situação.

Sobre a depressão pós-parto masculina

  

As causas: 

          A depressão pós-parto masculina pode ser o reflexo de um medo silenciado de não conseguir cuidar da família (principalmente financeiramente); do futuro; da mulher não voltar à forma física ou não lhe dar mais atenção... “Essa fase suscita várias perguntas na cabeça dos homens: será que vou ser um bom pai? Como educar meu filho? Será que ele gostará de mim? Esse tipo de preocupação pode dar um empurrãozinho para o estresse e a ansiedade, somados a inseguranças, medos... Quando tudo isso foge ao controle, a depressão pode entrar em cena”, avisa a psicóloga  Dorit Verea.

          É importante ressaltar que existem situações que predispõem ao problema. “Nos casais em que a mulher é acometida da depressão pós-parto, seja o estado psicótico seja o estado depressivo, existe maior chance de o homem reagir com o mesmo problema”, afirma o psicólogo e terapeuta sexual Oswaldo Rodrigues Martins Jr., diretor do Instituto Paulista de Sexualidade (Inpasex), que completa: “Quem já teve fases ou períodos depressivos anteriores, terá mais chances de reagir depressivamente nesta fase.”

Peça ajuda:

          A conversa com amigos e parentes é útil. Por outro lado, cuidado. "Há momentos em que cada um dá um palpite, o que pode piorar a situação. Apenas escute as experiências e converse sobre os seus sentimentos com alguém que vai saber ouvi-lo”, sugere a psicóloga e consultora motivacional Roseana Ribeiro, do Rio de Janeiro.

           “Filho é para sempre e a sensação inicial é que nunca mais a preocupação vai lhe deixar em paz. Nada melhor do que o tempo para ajudar a entender que não é bem assim”, pondera. Em suma, dividir os sentimentos é positivo, mas se notar que é necessário mais do que um ombro amigo para conversar, não exite em procurar ajuda profissional.

           "O importante é não permitir que os sintomas persistam. Todo tratamento é mais fácil e rápido no começo”, ressalta Roseana. Uma psicoterapia direcional e de breve período, com duas consultas semanais, é o ideal. O uso de medicação depende das características individuais e psiquiátricas de cada paciente, assim como a duração do tratamento.

O papel dela: 

          Em geral, a mulher pode ajudar –e muito– o seu parceiro que não está bem mantendo o alto-astral e mostrando (com exemplos) ao marido que ele requer auxílio especializado. Porém, como os afazeres com o bebê ocupam boa parte de seu tempo, nem sempre a mulher nota o que está acontecendo, por mais sensível que seja.

           Amigos e parentes são fundamentais nessa hora, principalmente mantendo as antenas bem ligadas para apatia, desleixo (barba por fazer e roupas sujas, por exemplo) e dificuldade com atividades do cotidiano. Mas dividir o problema com a mulher é bom. Mesmo que ela não tenha notado, não significa que não se importe. Exponha seus sentimentos.

Autoconhecimento: 

          Como não é possível, ainda, desprezar a possibilidade de a depressão pós-parto atingir homens com conflitos mal resolvidos relacionados com a companheira e consigo como filho de seu próprio pai, a psicóloga Dorit Verea aconselha aproveitar esse momento complexo para se conhecer melhor.

           "Quando estamos numa crise, estamos mais abertos para mudanças. É uma grande oportunidade de resolver conflitos antigos que podem estar atrapalhando a vida da pessoa há anos”, destaca. “Como prevenção, aconselho os candidatos a papai a acompanhar, ao lado da mulher, cada etapa da gravidez. É na rotina de exames, nas conversas com médicos e com outros pais que eles, sem perceber, vão se preparar para o que vem pela frente.”

Depoimento de quem viveu:
          Foi sem avisar que a depressão pós-parto masculina apareceu na casa do empresário carioca Matheus Maggiori, de 31 anos. “Eu queria estar feliz. Na verdade, estava feliz, porque sempre sonhei em ser pai, mas tinha dificuldade em demonstrar, em lidar com as noites mal-dormidas, com o choro do meu filho, com as dores da minha mulher... Só pensava em sumir, em ter de volta a vida de antes”, confessa.

           Para o empresário Matheus, foi uma conversa franca com o melhor amigo do trabalho que lhe abriu os olhos. “Ele me disse que eu deveria ir ao médico, pois estava me achando inquieto, nervoso, desatento. Abri o jogo com minha mulher e ela me incentivou a buscar ajuda. Hoje estou curado e curtindo muito as brincadeiras com meu filho tem quatro anos”, salienta.
 

SINAIS DE ALERTA
Procure ajuda médica se mais de três dos sintomas abaixo perdurarem por duas semanas:

Falta de apetite Distúrbios do sono
Crises de choro Falta de atenção
Lapsos curtos de memória Angústia por sentir-se inseguro como pai
Ansiedade e nervosismo Perda da libido
Luto pela perda da liberdade Falta de interesse (ou prazer) pelas atividades cotidianas
Pensamentos mórbidos ou suicidas Impaciência, irritabilidade e mudanças bruscas de humor
Dores de cabeça, distúrbios digestivos e dores crônicas Aumentar o ritmo de atividades com a finalidade inconsciente de escapar da vida doméstica

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Os quatro grandes mitos da dilatação no parto

Segue abaixo um texto em espanhol, mas bem tranquilo de se entender. Vale a pena como complemento de conhecimento. Esse texto eu tirei do Blog Bebe a go go. Muito interessante.

       Lo que no sabes sobre el cuello del útero puede arruinarte el parto.

Traducción de Marina Romanos para el blog de bebé a go-go del artículo original publicado en birthologie.com

¿Qué es?  ¿Dónde está?

          La mayoría de las mujeres no tienen ni idea de qué es el cuello del útero (cérvix), dónde está, su función o tan siquiera su apariencia. El cérvix está aquí:

          Y así es como se ve desde abajo, parecido a un glande:

          La primera vez que oí sobre anatomía reproductiva básica estaba embarazada de mi primer hijo, y lo único que realmente aprendí sobre el cérvix es que está en la parte inferior de mi útero (me lo imaginaba como la apertura de un globo y mi útero era el globo que se iba a expander), y que se tenía que dilatar de 0 a 10 centímetros en el parto. También tenía que hacerse menos espeso (borrarse) y pasar de una consistencia parecida a la punta de mi nariz a la de la capa de piel que hay entre los dedos índice y pulgar, como derritiéndose. Y que durante el parto era necesario que comprobaran regularmente el cuello uterino para comprobar que la dilatación progresaba.
          Pero eso fue todo. Fue en mi formación como educadora prenatal y doula cuando descubrí más cosas sobre el cérvix. Cosas que cambiaron para siempre mi enfoque  del acompañamiento a mujeres durante el parto.

            Mito sobre el cérvix número 1 : 10 es el número mágico.

           No, no lo es. ¿Sabías que se puede dilatar más de 10 centímetros? ¿Qué?  ¿Ahora todas tenemos que dilatar tanto? Suena espeluznante! Es espeluznante ¿verdad?
En realidad no. Al menos no más espeluznante que dilatar hasta 10. Dilaté bastante más de 10 centímetros en mi último parto, y la cabeza de mi bebé midió 14,75 cm.  Eso es, dilaté hasta casi los 15 cm. Y además sobreviví. Y además no me dolió más que en mis otros partos en los que dilaté sólo 10. Así que, sólo porque estés dilatada de 10 centímetros no significa necesariamente que estés preparada para empujar. Si no sientes el impulso de empujar a los 10 cm y se te ordena que lo hagas, forzarás el cérvix a abrirse “en contra de su voluntad” y resultará dañado. Si tienes una epidural previa y no sientes este impulso, el riesgo de daños es todavía mayor.

Mito sobre el cérvix número 2. El cuello del útero dilata en una forma perfecta de círculo.

          El cuello uterino no dilata como un círculo como se dibuja en las imágenes que enseñan la dilatación. En realidad se abre como la elipse dibujada más abajo.


Source:   MidwifeThinking.com
“Se abre desde atrás hacia delante como una elipse. La apertura se encuentra enclavada en la parte trasera de la vagina y durante el inicio de la dilatación se abre hacia delante. En algún punto del proceso casi todas las mujeres tienen un reborde anterior (que significa que la parte superior del cérvix no está totalmente dilatado) porque es la última parte que sube sobre la cabeza del bebé. Que este reborde se detecte o no depende de si se realiza o cuando se realice un tacto vaginal. Un borde posterior es muy extraño porque esa parte del cérvix desaparece antes, o porque es difícil alcanzarla con los dedos.

Mito sobre el cérvix número 3. Los tactos vaginales no dañan el cérvix ni dificultan la dilatación.

La matrona Carla Hartley en Ancient Art Midwifery lo explica así:
“El cérvix no debería ser tocado, se produce una respuesta inflamatoria al material extraño (los guantes) y a la presión, y una respuesta hormonal. Al cuerpo puede resultarle confuso que, mientras intenta vaciar el útero, se de una interferencia desde el cuello del útero al ser tocado y manipulado de una manera extraña para él. LOS TACTOS VAGINALES NO SON FISIOLÓGICOS Y SUPONEN UNA INTERRUPCIÓN AL PROCESO NATURAL DEL PARTO.
Y sobre pujar… NO LO HAGAS… tu cuerpo sabe como expulsar un bebé sin tu ayuda, es un reflejo. Ni siquiera esperes tener ganas, sólo espera una sensación de tu cuerpo tomando el control absolutamente, sacando al bebé como está DISEÑADO para hacer.
Habló mucho sobre el abuso verbal y digital en el parto, y los tactos vaginales son un ejemplo de abuso digital.
Las matronas (y los obstetras y enfermeras) que piensan que los tactos vaginales son buenos o necesarios no tienen la formación suficiente o no están actualizados con los conocimientos científicos que prueban que el parto es más seguro si se deja tranquilo sin intervenir. La manera más segura de actuar una matrona es con las manos fuera y la boca cerrada.”

Mito sobre el cérvis número 4. Tu cuello uterino es diferente y está aislado de otras partes del cuerpo.

          Ina May Gaskin, la madre de la matronería moderna ha acuñado un término llamado “la ley del esfínter”. Esta ley declara:
          Los esfínteres (incluyendo el anal, cervical y vaginal) son los responsables de traer a tu bebé al mundo. Si los esfínteres están apretados, el parto no progresará y habrá más dolor.
¿Qué es exáctamente la ley del esfínter de Ina May?
1.  El esfínter anal, el cervical (el cuello del útero) y el vaginal funcionan mejor en una atmósfera de intimidad y privacidad. Por ejemplo, un baño con pestillo o un dormitorio donde las interrupciones son improbables o imposibles.
2.  Estos esfínteres no se pueden abrir a la fuerza ni responden bien a órdenes de pujar o relajar.
3.  Cuando el esfínter está en proceso de apertura, se puede cerrar repentinamente si la persona se enfada, asusta, es humillada o consciente de sí misma. ¿Por qué? Los niveles altos de adrenalina en el torrente sanguíneo no favorecen (y muchas veces impiden) la apertura de esfínteres. Estos factores inhibidores son una razón importante por la cual las mujeres en las sociedades tradicionales normalmente escogen otras mujeres, excepto en circunstancias extraordinarias, para acuompañarlas y atenderlas durante la dilatación y el parto.
4. El estado de relajación de la boca y la mandíbula está directamente relacionado a la habilidad del cérvix, la vagina y el ano para abrirse completamente.

Insisto, y en otras palabras:
Boca abierta = Cérvix abierto
Garganta abierta = Vagina abierta

          Es casi imposible parir con eficacia con los labios apretados y la garganta cerrada. Puedes intentarlo ahora mismo… cuando relajas la mandíbula, abres la boca y la garganta, las nalgas se relajan automáticamente y te undes en la silla. Ina May habla de los beneficios de los besos, y de mantener la boca y los labios sueltos y abiertos. Besar también provoca la segregación de oxitocina y otras hormonas del amor que elevan la tolerancia al dolor y aceleran el parto.