segunda-feira, 26 de setembro de 2011

26 de setembro, Dia mundial de prevenção à gravidez na adolescência

             De acordo com um relatório da ONU, divulgado em novembro de 2008, o Brasil tem a segunda maior taxa de gravidez entre jovens de 15 a 19 anos da América do Sul.  São 89 nascimentos para cada 1000 mulheres nesta faixa etária no País.
            Esse tema tem despertado interesse no meio profissional e social, na busca de alternativas para prevenção, e na elaboração de medidas que amenizem as consequências psicossociais para esses adolescentes e para o bebê.
Porém, a grande maioria desses estudos é direcionada à mãe adolescente: os aspectos psicológicos, e os riscos físicos e emocionais que essa gestação pode trazer a ela e ao bebê. Muito pouco se encontra a respeito dos pais adolescentes. Talvez por tratar-se de situação menos contundente, tem merecido pouca atenção dos pesquisadores. A importância do pai adolescente para o desenvolvimento saudável da criança, bem como do contexto no qual ele está inserido, têm sido negligenciados. Esquecem que assim como a menina grávida, ele também se encontra diante de uma situação nova, crítica, que desperta um emaranhado de emoções nunca antes sentidas, e que se não avaliadas e cuidadas, podem gerar consequências psíquicas consideráveis.
            A sociedade contemporânea estimula a iniciação sexual desses jovens  através da mídia, explorando o sexo como mercadoria e dissociado do contexto afetivo-emocional.  Porém, essa mesma sociedade que estimula essa experiência, carece de políticas para acolher, cuidar e orientar esses jovens.
            A sexualidade e a gravidez na adolescência têm sido vistas pelos órgãos de saúde como sendo exclusivamente fisiológicos, desconsiderando toda a carga psíquica envolvida e as consequências decorrentes dessa assistência precária. A gravidez na adolescência é muito mais do que um simples processo físico, é um reflexo social. É preciso investigar o significado real que esse filho, nesse momento, traz para esses jovens.
            Apesar do discurso de igualdade de direitos entre os sexos no que tange à liberdade sexual, as jovens grávidas ainda são estigmatizadas pela sociedade, sofrendo discriminação, e o jovem pai ainda carrega o rótulo de “culpado”.     
            Em sua busca por assumir a paternidade frente à sociedade, o jovem pai se depara com muitos obstáculos nem sempre tão simples de serem superados, como subemprego, evasão escolar, enfrentamento social, e o que é mais conflitante, a dificuldade que encontra ao querer participar ativamente da gestação de sua companheira.
            A saída da mulher para o mercado de trabalho proporcionou uma divisão de tarefas, onde o homem passou a se integrar com as tarefas domésticas e o cuidado dos filhos. Com isso a gravidez, antes um cuidado exclusivo da mulher, passou a ser uma preocupação do casal, com maior participação paterna. Mesmo assim, ainda é extremamente difícil ao homem encontrar espaço para vivenciar esse momento de maneira mais plena, se agravando ainda, por ser jovem.
            Sendo assim, podemos resumir a realidade do pai adolescente como um jovem mergulhado nos conflitos e angústias pertinentes à adolescência, pressionado por uma sociedade que cobra uma posição frente ao fato, impedido de viver essa experiência e sem um espaço onde possa ser acolhido e escutado.
            É dever do jovem, assumir a paternidade, mas é seu direito de receber apoio, acolhimento e reconhecimento frente aos órgãos de saúde.

sábado, 10 de setembro de 2011

Razões para se pedir uma cesárea

          Chegou até mim hoje o texto que vou postar abaixo, e que achei muito interessante, e digno de uma reflexão, a começar pelo "mãezinha" inicial, propositalmente colocado, mostrando a força da expressão que minimiza a força da mulher que pari. E depois...mostra as futilidades que levam à mulher a escolher (escolher?) uma cesárea. Cesárea se escolhe? Imagine alguem chegando no médico cirurgião com o seguinte discurso: - Doutor, quero pedir para que o senhor me opere e retire a minha vesícula. Sabe como é, minha mãe teve dores horríveis antes de operar, então, eu acho que operando agora eu não corro o risco de sentir dor. O que o médico faria? Fica aqui a reflexão, e segue abaixo o texto, que foi retirado do blog  http://groselhadeuva.blogspot.com.

          Mãezinha, a seguir apresentamos as várias razões para você acreditar cegamente no seu médico cesarista. Acompanhe!
1 – Ele estudou pra isso: Pra te ver como uma doente, quase em estágio terminal, que trás algo super perigoso dentro de si, tipo um câncer em metástase, uma bomba relógio que vai explodir a qualquer momento e que deve ser extraído imediatamente.
2 – Ele sempre te chama de “mãezinha”, “querida”, “flor”: É porque ele nem sabe o seu nome. Ele te vê apenas como um número, um cifrão a mais na sua conta. E o seu bebezinho que está crescendo na sua barriga, como um incômodo impertinente, que não pode atrapalhar sua noite ou seu fim de semana; por isso vamos marcar uma cesárea.
3 – Cesárea é indolor: Quem aqui já viu alguma pessoa gritando durante uma cirurgia? Cirurgias são feitas com anestesia (dãã), por isso você não vai sentir dor DURANTE. Depois... bem, depois é problema seu, porque o horário do médico já acabou. Se vira, mãezinha!
4 – Cesárea é mais simples do que parto normal: Ignore o fato de que é uma cirurgia de médio porte, que corta 7 camadas de tecido (da sua carne), corta o seu útero, e exige mais de 800 pontos para ser fechada. Ignore o fato de que você vai perder quase UM LITRO de sangue nessa brincadeira, e que se precisar de transfusão de sangue, você pode matar uma pessoa acidentada, que precisará realmente do sangue; mas que será dado a você, pois já está toda aberta e estrebuchada, como um peixe na banca.
5 – Parir é muito perigoso: Claro que é perigoso. Tanto que os seres humanos estão em risco de extinção, não é! Na África e em outros países “pobres” quase não existem mais pessoas!
6– Parir vai te deixar larga: Imagina as acrobacias que o coitado do seu avô não tinha que fazer quando a sua avó já tinha parido o oitavo filho... Vai ver que foi aí que nasceu o mito do Tião-pé-de-mesa.
7 – Parir vai te deixar com incontinência urinária: E isso não é algo que ocorre com a idade, mesmo em mulheres que nunca pariram. Largue a mão de ser impertinente! Faça logo uma cesárea.
8 – Parir é coisa de pobre: A verdade é que a Gisele Bündchen estava passando por um período difícil na sua carreira, sem dinheiro, e foi obrigada a parir em casa, coitada! =S
9 – Nós temos UTI Neo-natal aqui: Não precisa se preocupar! Enquanto você estiver sedada, o seu filho estará na UTI, recebendo uma luz fortíssima na cara, injeções mil, terá um tubo grosso enfiado gentilmente em sua garganta, talvez até uns choquinhos do desfibrilador e será manipulado como um pedaço de carne sem importância.
10 – Cesárea é satisfação garantida! Se você se arrepender, romper os pontos, tiver quelóides, dores, não conseguir levantar da cama sem desmaiar, andar encurvada por uma semana; se você não conseguir cuidar do seu filho, se não conseguir amamentá-lo, se tiver depressão pós-parto... sorria! Você estava com as unhas pintadas e chapinha! Não devolvemos sua gravidez de volta.