sábado, 10 de setembro de 2011

Razões para se pedir uma cesárea

          Chegou até mim hoje o texto que vou postar abaixo, e que achei muito interessante, e digno de uma reflexão, a começar pelo "mãezinha" inicial, propositalmente colocado, mostrando a força da expressão que minimiza a força da mulher que pari. E depois...mostra as futilidades que levam à mulher a escolher (escolher?) uma cesárea. Cesárea se escolhe? Imagine alguem chegando no médico cirurgião com o seguinte discurso: - Doutor, quero pedir para que o senhor me opere e retire a minha vesícula. Sabe como é, minha mãe teve dores horríveis antes de operar, então, eu acho que operando agora eu não corro o risco de sentir dor. O que o médico faria? Fica aqui a reflexão, e segue abaixo o texto, que foi retirado do blog  http://groselhadeuva.blogspot.com.

          Mãezinha, a seguir apresentamos as várias razões para você acreditar cegamente no seu médico cesarista. Acompanhe!
1 – Ele estudou pra isso: Pra te ver como uma doente, quase em estágio terminal, que trás algo super perigoso dentro de si, tipo um câncer em metástase, uma bomba relógio que vai explodir a qualquer momento e que deve ser extraído imediatamente.
2 – Ele sempre te chama de “mãezinha”, “querida”, “flor”: É porque ele nem sabe o seu nome. Ele te vê apenas como um número, um cifrão a mais na sua conta. E o seu bebezinho que está crescendo na sua barriga, como um incômodo impertinente, que não pode atrapalhar sua noite ou seu fim de semana; por isso vamos marcar uma cesárea.
3 – Cesárea é indolor: Quem aqui já viu alguma pessoa gritando durante uma cirurgia? Cirurgias são feitas com anestesia (dãã), por isso você não vai sentir dor DURANTE. Depois... bem, depois é problema seu, porque o horário do médico já acabou. Se vira, mãezinha!
4 – Cesárea é mais simples do que parto normal: Ignore o fato de que é uma cirurgia de médio porte, que corta 7 camadas de tecido (da sua carne), corta o seu útero, e exige mais de 800 pontos para ser fechada. Ignore o fato de que você vai perder quase UM LITRO de sangue nessa brincadeira, e que se precisar de transfusão de sangue, você pode matar uma pessoa acidentada, que precisará realmente do sangue; mas que será dado a você, pois já está toda aberta e estrebuchada, como um peixe na banca.
5 – Parir é muito perigoso: Claro que é perigoso. Tanto que os seres humanos estão em risco de extinção, não é! Na África e em outros países “pobres” quase não existem mais pessoas!
6– Parir vai te deixar larga: Imagina as acrobacias que o coitado do seu avô não tinha que fazer quando a sua avó já tinha parido o oitavo filho... Vai ver que foi aí que nasceu o mito do Tião-pé-de-mesa.
7 – Parir vai te deixar com incontinência urinária: E isso não é algo que ocorre com a idade, mesmo em mulheres que nunca pariram. Largue a mão de ser impertinente! Faça logo uma cesárea.
8 – Parir é coisa de pobre: A verdade é que a Gisele Bündchen estava passando por um período difícil na sua carreira, sem dinheiro, e foi obrigada a parir em casa, coitada! =S
9 – Nós temos UTI Neo-natal aqui: Não precisa se preocupar! Enquanto você estiver sedada, o seu filho estará na UTI, recebendo uma luz fortíssima na cara, injeções mil, terá um tubo grosso enfiado gentilmente em sua garganta, talvez até uns choquinhos do desfibrilador e será manipulado como um pedaço de carne sem importância.
10 – Cesárea é satisfação garantida! Se você se arrepender, romper os pontos, tiver quelóides, dores, não conseguir levantar da cama sem desmaiar, andar encurvada por uma semana; se você não conseguir cuidar do seu filho, se não conseguir amamentá-lo, se tiver depressão pós-parto... sorria! Você estava com as unhas pintadas e chapinha! Não devolvemos sua gravidez de volta.

sábado, 13 de agosto de 2011

Pesquisa Nascer no Brasil

          

          No último dia 11/08, foi apresentada no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da UNICAMP, a pesquisa "Nascer no Brasil".
          A Pesquisa realizada em conjunto com a Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz com auxilio do CNPq e Projeto Inova ENSP tem por objetivo estudar as condições de parto e nascimento no Brasil por meio de um inquérito nacional com 24 mil puérperas em todo o Brasil. Na região de Campinas, conta com a participação de docentes e alunos de pós-graduação do Departamento de Enfermagem da FCM-Unicamp.
          Fiquei orgulhosa e satisfeita, por ter sido convidada a participar da mesa redonda que hove após a apresentação dos aspectos técnicos da pesquisa. Nessa mesa estavam Dra Maria do Carmo Leal. Pesquisadora Titular da Escola Nacional de Saúde Pública, Dra Antonieta Keiko Kakuda Shimo Departamento de Enfermagem FCM-Unicamp, Dra Carmem Simone Grilo Diniz Faculdade de Saúde Pública/USP e eu, representando a Rede "Parto do Princípio". Me foi designado ressaltar a importância da Parto do Princípio e suas ações na conscientização e apoio às mulheres que  desejam um parto mais digno e fazer valer os seus direitos.
           Enfim..torço para o breve encerramento dessa pesquisa. Acredito que muita coisa vai mudar, principalmente na qualidade do atendimento à mulher gestante.Passo a passo, dia a dia, vamos caminhando em busca de partos mais felizes, empoderados e que trazem de volta o protagonismo da mulher.






sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Niver do MadreSer

Amanhã, sábado, 06/08 estaremos comemorando o nosso primeiro aniversário, e estará recheado de palestras e oficinas bem interessantes... Segue o convitinho com a programação. Ainda dá tempo para se inscrever. Vamos comparecer? Maiores informações no nosso site www.madreser.com.br ou pelo email madreser@gmail.com. Espero vocês lá!

sábado, 23 de julho de 2011

50 Motivos para evitar uma cesariana desnecessária



          Os riscos de uma cesariana existem em qualquer cesariana, seja ela necessária ou não. A diferença é que na cesariana necessária esses riscos são menores do que se o parto fosse vaginal.

Riscos da cesariana:

Para o bebê:

   1. Risco de complicações e desconforto respiratório
   2. Demora maior para o leite "descer"
   3. Maior probabilidade de aspiração com cânulas no bebé após o parto (vias aéreas e orais)
   4. Risco de morte 10x maior para o bebê
   5. Grande probabilidade do bebê ficar longe da mãe após nascer
   6. Maior risco de infecção neonatal por aspiração de mecónio
   7. Maior dificuldade no aleitamento
   8. Maior probabilidade de desmame precoce
   9. Lesão do bebê (na hora da cesariana)
  10. Maior risco de morte fetal inexplicável no final da gestação seguinte
  11. Dificuldades de vínculo com a mãe
  12. A mãe pode precisar de analgésicos fortes para aliviar a dor no pós-parto e estes podem passar para o bebê através do leite
  13. Maior risco de internamento do neonato em UTI

Para a mãe:

   1. Risco de ruptura uterina aumentada no próximo parto, caso sejam utilizadas oxitocina artificial no soro e/ou anestesia.
   2. É difícil encontrar um médico que faça partos normais após cesarianas pois são dependentes das drogas citadas acima
   3. Risco de morte 4x maior
   4. Risco de infecção hospitalar
   5. Pós-parto demorado e dolorido.
   6. Depois o desconforto da cirurgia, a dor, a maior dependência de outras pessoas para cuidar do bebé.
   7. Dificuldades para engravidar posteriormente, maior risco de infertilidade posteriormente
   8. Risco de endometriose
   9. Risco de hemorragias, transfusões e morbilidades provocadas por transfusões
  10. Sensibilidade na cicatriz a longo prazo (coceira, dor, sensação de estiramento, etc.)
  11. Dormência na região entre a cicatriz umbilical e corte cirúrgico.
  12. Formação de Aderências
  13. Aumenta as probabilidades do próximo parto ser cesariana
  14. Lesão no intestino (na hora da cesariana)
  15. Maior Risco de trombose doenças correlatas (incluindo embolia)
  16. Risco de acidentes com anestesia
  17. Risco da anestesia não pegar e ter que fazer uma anestesia geral
  18. Maior incidência de Inserção Baixa de Placenta
  19. Maior probabilidade de Acretismo Placentário
  20. Histerectomia (perda do útero) devido ao sangramento
  21. Maior necessidade de transfusão sanguínea
  22. Morte materna devida a hemorragia, consequente a inserção baixa de placenta
  23. Maior risco de atonia uterina
  24. Maior risco de embolia pulmonar
  25. Maior risco de trombose venosa profunda
  26. A próxima gravidez não mais será de baixo risco
  27. Risco de reiteradamente, recuperação por infecção da cicatriz, deiscência de pontos, sangramentos, etc.., com consequente afastamento do bebê
  28. Dificuldades de vínculo com o bebê
  29. Não realização da plenitude da maternidade.
  30. Maior índice de depressão pós-parto

Se a cesariana foi feita antes do trabalho de parto, marcada com antecedência pelo médico, além dos riscos acima podemos adicionar:

   1. Risco de prematuridade do bebê
   2. Um desrespeito monstruoso e uma tremenda violência à mãe e ao bebê
   3. A perda da oportunidade da primeira descoberta de sua própria força e capacidade de luta
   4. A perda da energia que estava sendo guardada para o momento do parto, que gera frustração
   5. A perda da oportunidade de vivenciar uma situação que lhe daria noção de foco, de fazer esforço numa direcção e sentido correcto
   6. Quem convive com essas consequências de uma desnecesaria, aprende as verdades da vida de uma forma muito dolorosa... e demorada.
   7. Segundo os astrólogos (para quem curte o tema), o bebê nasce com uma dualidade na personalidade (situação astrológica natural x situação astrológica forçada)

terça-feira, 19 de julho de 2011

SEMANA MUNDIAL DE ALEITAMENTO MATERNO

          Estabelecida desde 1992 pela World Alliance for Breastfeeding Action (WABA), a Semana Mundial de Aleitamento Materno, que conta com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), tem o objetivo de facilitar e fortalecer a mobilização social para a importância da amamentação. Comemorada entre os dias 1 a 7 de Agosto, já envolve mais de 120 países, considerando-se as iniciativas e esforços globais relacionados com o tema.
          A região de Campinas não poderia estar fora dessa! Os grupos que trabalham com gestantes, nutrizes e mães se reuniram com um mesmo propósito: divulgar e incentivar o aleitamento materno.
          Sendo assim, durante essa semana, termos atividades voltadas ao universo da maternidade, mais precisamente do aleitamento, como palestras, cursos, captação de recipientes para armazenamento do leite materno, informações, panfletagens, carrinhadas, troca de experiências, sorteios de brindes, promoções...enfim, tem prá escolher.

          Os agradecimentos vão para:
         Grupos: MadreSer, SerMãe, Vínculo, Samaúma; Lua Nova e Cinematerna  
         Convidados: Viviane Moraes; Wandy Casalecchi; Rosangele Prado; Fabiana Assad 
        Apoiadores: Academia SpassoVida; Instituto Dentale - TopDent; Cacá  Dominiquinil Lê Papinhas,  Animafest; Saraiva MegaStore; Portal www.gravidaemcampinas.com.br; Petit Papillon.

Para quem quiser colaborar doando recipientes de vidro com tampa plástica para o armazenamento de leite materno, os postos para a entrega são:
InstitutoDentale- TopDent:- Rua Joaquim Novaes, 116 - Cambuí Campinas www.institutodentale.com.br

Loja Petit Papillon: - R. Antônio Lapa, 525 - Cambuí - Campinas/SP
www.petitpapillon.com.br

Academia SpassoVida:- Rua Francisco Otaviano, 213 - Jd. Chapadão
www.academiaspassovida.com.br
Segue abaixo a programação do evento, lembrando que é preciso se inscrever pois as vagas são limitadas.
Vale a pena participar!

CLIQUE NA IMAGEM PARA UMA MELHOR VISUALIZAÇÃO


          

         

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Encontro de gestantes Gratuito em Americana- SP

Estou aqui divulgando um encontro de gestantes que acontecerá no dia 16/07 as 14:30 na Gravidinha Moda gestante, aqui em Americana. Eu e Renata Olah, iremos conversar um pouco sobre parto humanizado, cesárea, escolhas informadas, e muito mais sobre esse universo maravilhoso que é o nascimento. Vale a pena se inscrever e participar.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Planeta Extremo e Parto

Compartilho com vocês um texto escrito pela minha amiga e parceira Renata Olah que me emocionou bastante, e que faz uma comparação bem prática do parto com um grande desafio. Vamos lá.

Planeta Extremo e Parto



          Vocês assistiram o Fantástico do último domingo?? Estreiou uma série chamada Planeta Extremo, que mostrará o reporter Clayton Conservani por quatro desafios extremos ao redor do mundo. O primeiro episódio foi de uma maratona na Antártica, sob condições climáticas intensas ( tempestades de neve e temperaturas de - 30 graus!! Ui!!).
          E o que essa série tem a ver com esse blog?? Talvez a primeira vista não tenha a ver mesmo... Mas assistindo ao quadro, me vinha só uma idéia a mente: "isso é igual trabalho de parto!!"..
          Explico, já fazendo uma relação com o tema central deste blog: para conseguir completar a maratona, Clayton Conservani começou a se preparar para o desafio físico e emocional que logo mais enfrentaria. Foram quatro meses de preparo intenso, junto de Bernardo Fonseca (também competidor dessa maratona). Corrida de longa distância, pilates, yoga, musculação, ciclismo e até treino dentro de um frigorífico!!! (a preparação física e emocional é muito importante, para que a mulher esteja informada, tranquila e forte  para enfrentar o longo caminho que é o trabalho de parto!).
          E então, chegou o dia de partir para a Antártica. A primeira vista, o ambiente assusta. Local inóspito, desconhecido (O hospital também é assim. Surgem dúvidas como "Que ambiente é esse? Quem são essas pessoas? O que vai acontecer daqui pra frente?") Mas não tem jeito. Já estavam lá.. e o desafio estava só começando. E a maratona começa... Clayton está protegido do frio, e encontra seu próprio ritmo para correr os 42km de maratona... (Durtante o TP é muito importante a mulher também encontrar seu próprio ritmo! Não adianta ela fazer o que mandam. Quem está correndo a maratona é ela... e por isso, é ela quem deve dar ritmo ao seu corpo). Os primeiros 20km foram bem.. Algumas pausas foram feitas, para ele se hidratar e se aquecer, e então continuar sua aventura... (O começo é sempre mais leve, devagar e mesmo assim necessita de alimentação, hidratação, pois não sabemos quanto tempo durará essa corrida..) porém, o caminho começou a pesar. O vento frio, a temperatura, as bolhas nos pés, as dores... muitas dores!!!! (Depois da fase ativa, o corpo sente muito o trabalho de parto... dói, é intenso, sim!!). Também sente um desconforto grande. Ao correr, sente que uma unha do pé está para cair (e é comum durante o trabalho de parto, a mulher sentir alguns desconfortos...como pressão em períneo pelo fato da descida do bebê, e também dor na pelve, que se abre sutilmente para dar passagem ao feto).
          Em certo momento, quase chegando ao fim, Clayton desabafa... Diz que vai continuar, na raça por um objetivo maior: sua filha Gabi, que ficou no Brasil. Ele chora, se emociona e mesmo naquelas condições desfavoráveis, aguenta firme... (esse momento me lembrou a "fase de transição"... bate o desespero, a necessidade de se apegar a um bem maior, algo que acolha aquela mulher que decidiu passar por tudo aquilo, mas que ao mesmo tempo dê forças pra que ela não desista).. 
          Se entregou, decidiu vencer seus limites e mais alguns quilometros pela frente, ele passou pela linha de chegada. Sétimo lugar. Que vitória!!! Ele conseguiuuuuu!!!! (E a mulher que consegue, também se sente muito vitoriosa, a própria mulher Maravilha!)
          Mas não acabou.. logo Clayton começa a passar mal, vomita e vai verificar o que aconteceu com sua unha.. percebe que apareceu um grande hematoma, mas que tudo ficará bem! (E após o parto, é comum que a mulher trema, se sinta enjoada, e tenha alguns "machucados" provenientes da corrida: laceração perineal, episiotomia, etc)... E então, ele termina sua aventura, com sensação de missão cumprida e uma necessária noite de sono. E eu acho aquilo o máximo!!!! Lembro que comentei com as pessoas que estavam na sala comigo "nosssaa, queria ter essa coragem!!!!".. e me disseram: "o cara é louco!! pra quê isso?".... Para quê??? Para sentir que pode!! Para superar seus medos, limites, para se transformar, transmutar! Para se sentir viva, forte! (e não é também por isso que algumas de nós queremos parir????). Qual o problema de sentir dor, se há um objetivo tão maior e intenso por trás de tudo isso??? Qual o problema de querer passar por uma experiência intensa, dolorosa, forte??? 
          Pra mim o problema está em não querer vivenciar, não querer se sentir viva, forte, não querer se transformar, superar medos e limites...

          Mas voltando ao Clayton, qual foi a sua opinião sobre tudo o que ele passou? "Faria tudo novamente!!" 
          E o que aprendeu com tudo isso?? "A maior lição está em acreditar que sempre é possível fazer melhor, ir mais longe. Se queremos algo diferenciado temos que ousar".

          Então, isso significa que o esforço vale a pena? Com certeza sim! 

          E termino esse post com uma frase dita pelo Bernardo Fonseca, que me marcou muito e que certamente falarei para minhas gestantes daqui pra frente:

"O sofrimento é passageiro, desistir é para sempre"